Estive buscando outros "tons",
da mesma cor,
do mesmo "mar"...
Estive buscando o impossível,
como nunca admiti estar,
como sempre insisti em buscar...
Andei perdida em minha mente,
Entre ondas e tempestades,
Naufragada em mim!
Perdida em pensamentos,
Sem saber aonde ir,
Nem sequer onde estou...
Vagando entre lembranças,
entre momentos que o tempo já levou...
ACFL
14/08/2008
domingo, 17 de agosto de 2008
domingo, 30 de março de 2008
Genealogia

“Misturô”
A negra, a índia, a branca
“Misturô”
O índio, o branco, o negro
“Misturô”
A pele morena da avó
O olho azul do avô
“Misturô”
A veia portuguesa da avó
A raiz negra do avô
“Misturô”
Com os índios da terra,
Com o negro aprisionado,
Com o branco invasor.
“Misturô”
Deu em olhos amarelos
Em cabelos escorridos
Em curvas fartas.
“Misturô”
Deu em moreno forte
De olhos negros
De barba rala.
“Misturô”
E se misturaram,
Se misturam,
Misturarão...
ACFL
10/03/2008
Imagem: "Operários" - Tarcila do Amaral
A negra, a índia, a branca
“Misturô”
O índio, o branco, o negro
“Misturô”
A pele morena da avó
O olho azul do avô
“Misturô”
A veia portuguesa da avó
A raiz negra do avô
“Misturô”
Com os índios da terra,
Com o negro aprisionado,
Com o branco invasor.
“Misturô”
Deu em olhos amarelos
Em cabelos escorridos
Em curvas fartas.
“Misturô”
Deu em moreno forte
De olhos negros
De barba rala.
“Misturô”
E se misturaram,
Se misturam,
Misturarão...
ACFL
10/03/2008
Imagem: "Operários" - Tarcila do Amaral
quarta-feira, 19 de março de 2008
lembranças
ontem vi uma centopéia enquanto pedalava no caminho de volta pra casa...
e lembrei-me do tempo em que uma pequena teve uma centopéia!
ontem também vi uma garrafa de smirnof e uma de cicarelli* em outro trecho do caminho de volta pra casa.
e senti a felicidade dos tempos em que magrelar é estar mais que feliz...
ontem, eu lembrei de esquecer de lembrar de mim!
bom assim.
lembranças, lembranças, lembranças...
jujubas, magrelas.
sorrisos, olhares
começos e fins.
e tudo aqui,
assim, em
mim.
J.Fábio 19/03/2008
e lembrei-me do tempo em que uma pequena teve uma centopéia!
ontem também vi uma garrafa de smirnof e uma de cicarelli* em outro trecho do caminho de volta pra casa.
e senti a felicidade dos tempos em que magrelar é estar mais que feliz...
ontem, eu lembrei de esquecer de lembrar de mim!
bom assim.
lembranças, lembranças, lembranças...
jujubas, magrelas.
sorrisos, olhares
começos e fins.
e tudo aqui,
assim, em
mim.
J.Fábio 19/03/2008
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
neura

já é tarde e eu me sinto só
posso ver saturno da janela
ou deitar na cama sem cheiro
ou escrever palavras cansadas de gritar
seria minha nova neura
querer saber como você está?
já é tarde e eu me sinto só
pensei até em jantar novamente
ou escolher algum livro empoeirado
ou descobrir novas funções do celular
seria minha nova neura
querer saber onde você está?
já é tarde e eu me sinto só
sempre soube que não seria fácil
e que os caminhos são diversos
mas comprei um mapa turístico pra te procurar
agora tenho uma novíssima neura
te encontrar!
espero que não seja tarde
pois o mundo tem o vício de correr
teu sorriso é um filme em mim
fecho os olhos pra te encontrar
minha novissíssima neura
é te beijar!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
04
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
LABIRINTO
Vez ou outra, volta a vista para cima para ver algo que não seja rochoso e cinza. As pernas chegam a doer, só que é preciso seguir em frente. Ou quem sabe até voltar. O que dizer de uma sensação que não se define? A prisão da solidão acabando libertando, só que quase ninguém sabe disso.
Desistiu da idéia de marcar locais. Quando não se sabe onde está, todo lugar é igual. Quem se perde no espaço acaba misturando os tempos. Conciliando a aparente contradição: é diferente e ao mesmo tempo igual. O saber é desnecessário.
Desistiu da idéia de marcar locais. Quando não se sabe onde está, todo lugar é igual. Quem se perde no espaço acaba misturando os tempos. Conciliando a aparente contradição: é diferente e ao mesmo tempo igual. O saber é desnecessário.
domingo, 11 de novembro de 2007

Não consigo pensar assim, numa forma definida
Minhas palavras não são calculadas
Meus versos não rimam
Minhas flores não se ligam a amores
E meu céu não tem nem uma gota de mel,
Tampouco de fel!
Desculpem-me os poetas
Por chamar essas linhas de poesia!
Desculpem-me, peço perdão!
Por gastar mais uma folha em vão!
ACFL
02/03/2007
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
tarde sem título
olhei fundo
além do que esperava ver
aquela pele...
agora permanece inquietamente
com seu gosto nos meus lábios
e tão pouco tempo que passou
e a tão simples memória que me resta
não sei o que fazer com a vontade de gritar
ver você com outra pessoa me fez outro
outro sempre eu mesmo
minha fraqueza
aprendendo à acariciar a liberdade com a mão esquerda
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Cárcere
As olheiras lhe tomam quase metade do rosto, escondem a sua beleza juvenil e mostram de que são feitos os seus dias. Não sabe ao certo porque mas é preciso correr. Cada vez mais. Se era a semana que passava rápido, hoje são os meses. amanhã quem sabe serão as décadas. Não saberia continuar a viver ser não lhe falassem como. fazer. Na rigidez dos seus gestos está impresso o seu desencantamento. Por dentro um Frio. Guardado.Embrulhado.Sem cheiro. Que nunca conseguiu se livrar disto tudo.
sábado, 6 de outubro de 2007
Relato II
da porta viu-se primeiro
uma grande pilha de cascalhos
em uma calçada a esquerda dele,
a estrada era de terra,
e lá na frente a direita
tinha um terreno baldio,
eles passeavam nas horas dos
pardais da noite...
e outro observava sorrindo
a beleza de passos alheios
como se algo pequeno e mágico acontecesse naquele exato instante!
J.Fábio 07/10/2007
uma grande pilha de cascalhos
em uma calçada a esquerda dele,
a estrada era de terra,
e lá na frente a direita
tinha um terreno baldio,
eles passeavam nas horas dos
pardais da noite...
e outro observava sorrindo
a beleza de passos alheios
como se algo pequeno e mágico acontecesse naquele exato instante!
J.Fábio 07/10/2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Não adiantaria eu lhe pegar na palma de minha mão. Te acolher e te lembrar daquilo que cada dia mais se apaga de você. Chega um momento em que o corpo pára de crescer, a cor passa a sumir. Se quer sentir, o melhor a fazer é se deixar perder. O verde cada dia mais amarelo. Se quer amadurecer a melhor coisa a fazer é se preparar para acabar no chão. O verde cada dia mais amarelo. Que nem teu sorriso.
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